quinta-feira, 26 de maio de 2011

Tô com fomê, quero leitê


Turma, vem cá. Quem aí já ouviu a “Larica dos Muleques”? Uma amiga da faculdade (Fernanda diva diva) me mostrou esses dias. Viciei total. Não que seja o tipo de musica que eu consuma (HAHAHAHAHA Já pensou?), mas ela tem aquela pegada dos “gênios” da música: refrão fácil, batida legal e trilhões de repetições – sem contar o sotaquê que é uma graça!

Daí hoje, essa mesma amiga me mostrou um cover (o vídeo acima) dessa música, numa versão incrível, acústica, bem cantada e bem arranjada. Tô de boca aberta até agora. Devo ter dado umas 99 exibições a esse Daniel  Pohl – fica a dica pra quem quiser conhecer mais, vai nos vídeos relacionados, o rapaz sim é genial.
Agora dá licença que eu tô com fome, quero leitê...

Oh, Charlie...

 
Não tem como não rever, e rever, e rever e...

"Quero que me ame mais"


Segunda-feira passada eu fui acompanhar um amigo da universidade, o Lucas, junto com mais uma galera ver a Dulce Maria, na MTV. Confesso, nunca acompanhei RDB, e o máximo que conheço dali é o Diego González Boneta, que acompanho de perto – e já torci o nariz ao saber que ele vai contracenar com a Taylor Swift.... – e sei cantarolar uma e outra canção do Afonso Herrera.

O fato, é que a Dulce é encantadoramente maravilhosa – essa semana, até tenho ouvido novo disco dela, juro que só conhecia a participação dela com o Akon de alguns anos atrás. O sorriso dessa menina é de uma verdade sem fim, e a forma na qual ela trata os fãs é de deixar muita Ivete Sangalo no chinelo. Não quero ser polêmico, e longe de gerar preconceito nesse post, mas alguém com um coração tão grande como ela merece fãs melhores. Sem entrar nos detalhes, eles (os fãs!!) não deixavam nem ela falar. Mesmo com a aparelhagem toda de fora da MTV (da MTV!) microfone e tudo mais, eu não ouvi uma palavra do que ela disse. Alguém ouviu?
Mas o ponto alto do dia mesmo foi ver de perto a Tata Werneck e o Paulinho *-* Não consegui foto com a Tata, porque aquilo tava uma loucura sem tamanho, mas pretendo voltar lá outro dia. E ah, ouvi dizer que a GNT é ali perto – quem sabe não realizo o sonho de conhecer a minha escritora favorita, a Fernanda Young?
PS: Essa foto aí de cima, foi o melhor flash que tirei na segunda HAHAHAHAHA Confessa que você também riu, vai! PPS: E o nome do título do post, é o trecho de uma música da Dulce, aquela com o Akon...

Gente grande

Vejo o sol querendo nascer
Mas o trem foge ao perceber

Sem crianças nas ruas,
Sem meninos nos campos de futebol
Sem ninguém nas ruas
Ninguém

Todos, e todos, estão no trem.
É gente grande.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Para um catador de pensamentos


São Paulo, 01 de Maio de 2011

Caro Senhor Rabuja,
Espero que o senhor esteja muito bem. E peço perdão pelo meio que esta carta chegou às suas mãos, sei que papel por baixo da porta de pessoas desconhecidas é pura falta de educação, mas é muito difícil encontrá-lo em casa. Aliás, reparei que o cheiro que vem do seu jardim é encantador!
Ouvi falar muito do senhor, e de suas histórias através de uma amiga de minha mãe. Monika Feth. Que mora num bairro muito tranqüilo, e que muitos desconfiam até de alguma mágica antiga que leva tanta calma para o lugar. Ela sempre está na janela de sua casa quando o senhor passa pela rua dela – confesso que pedi para esperá-lo qualquer dia desses na janela, mas ela disse que não poderia, por motivos que não explicou, alguma coisa sobre timidez... Monika tem muito medo que o senhor se zangue por este contato, mas ela sabe que minhas intenções são as melhores possíveis! E também, ela não me contou muita coisa, apenas o que era necessário para acalmar meu coração – que ainda está um tanto acelerado devido ao excesso de pensamentos.
Me chamo Wesley, e estou entrando no mundo adulto agora. O senhor se lembra do quanto isso é difícil? Estou fazendo o que eu sempre quis fazer: Estudando Comunicação Social, com especialização em jornalismo. E descobri milhões de mundos através das comunicações. Mundos que eu mesmo já imaginava, que já tinham me contado, e que eu sempre sonhei. E sei que ainda tem muita coisa que vou conhecer, descobrir e viver nessa área tão fascinante que é a Comunicação...
Pouco tempo eu tenho – mas disso nem me queixo, é assim desde o inicio do ensino médio. Alguns amigos se queixam, porque não tenho mais passado muito mais que minutos com eles, mas eu tento equilibrar tudo. Sabe? Além das aulas, atividades extras, e trilhões e trilhões de trabalhos e provas, eu faço um trabalho durante a semana, que é encantador. Nem gosto de chamá-lo de trabalho, prefiro dizer passatempo, ou alguma coisa assim.
Vou a algumas escolas, em que a equipe da qual faço parte, nota que existem certas carências. E aí entramos para tentar ajudá-las. Carência de soluções, carência de mágicas, e todos os tipos de carências que o senhor possa imaginar, e através de livros, contos, histórias, poesias, filmes, entrevistas com profissionais muito felizes (pessoalmente e profissionalmente) e muito mais, apresentamos o mundo para jovens, desde a quinta série, até o terceiro ano do ensino médio – esses jovens, que estão com o pé no mundo adulto também. E esse é um dos principais motivos do meu contato: Gostaria que o senhor conhecesse uma ou outra dessas escolas, e esses alunos especiais.
Tem muita coisa confusa na cabeça de muitos deles, tem também, muitos pensamentos desorganizados, e muitos que precisam urgentemente de atenção. Monika me disse, que o senhor não tem pressa, mas esses casos são de reais urgências. Quero muito conhecer o senhor, e também, quero que esses jovens (pra não usar o termo “crianças”, pois muitos deles não gostam...) tenham contato com o senhor, ouçam suas (incríveis) histórias...
Monika escreveu em um livro muito simples uma breve história sua. E ela me presenteou com uma cópia – esta, que tomei a liberdade de emprestá-la para minha mãe, e para uma tia muito querida, e muito próxima. O resultado da leitura delas, ou se me permite, a forma como elas te conheceram foi muito bonita. Primeiro, porque minha mãe trabalha em um hospital, na sala de parto, e no berçário – Sim! Ela ajuda algumas (muitas!) mamães a trazerem seus filhos e filhas ao mundo, e cuida deles até estarem prontos para irem para casa. E minha tia, trabalha com educação infantil. O senhor não faz idéia da importância que teve elas lerem sobre sua “profissão”.
Nós trabalhamos muito com profissões no Projeto em que eu faço parte, os Círculos de Leitura – como eu lhe disse um pouco antes na carta. Também fica aqui, o convite para o senhor nos conhecer, Seu Rabuja, que tem uma das profissões mais brilhantes do mundo!
Enfim, meu apelo, é que o senhor ajude mais os jovens com seus pensamentos. Que talvez, pelo tamanho da timidez dos pensamentos, estejam tão confusos e com pouco tempo de sono, e de sonho. Onde eu moro provavelmente o Catador de Pensamentos aqui tirou férias, ou se cansou de tentar. Ai, ai! Não gosto de pessoas que acreditam que tudo está perdido, ou que não acreditam mais na educação. Precisamos ser otimistas, não é mesmo? E ainda mais, precisamos arregaçar as mangas e fazer a nossa parte.
Bom, não quero mais tomar o seu tempo. Só peço que guarde este papel com carinho. Com o mesmo carinho que eu escrevi, e que acredito que ainda existam soluções para jovens desamparados.

O meu abraço mais forte,
Wes!

O CATADOR DE PENSAMENTOS, é um livro de Monika Feth, esta carta é ficticia, escrita para o personagem principal do conto, o Sr. Rabuja. Saiba mais

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Frio

De manhã cedo eu deixei
Ele entrou.
E com toda educação,
Pediu licença e me abraçou
- Seu estado hoje? – Me perguntou.
- Feliz, mas cansado. Acho que extrapolei.
Continuou a me abraçar
Até que eu me cansei:
- Pode voltar outro momento?
E triste, ele se foi com o vento.

Kouros

“Eu sou o filho único do meu deus! Eu sou o filho único de mim mesmo, de mais ninguém! E luto incessantemente, com uma teimosia inabalável, para me tornar o homem que desejo ser… Não continue a me testar! Eu lhe digo, esta é uma hora perigosa (…)”

http://tetraktys.wikispaces.com/file/view/003MA_Equestrian_Kouros.jpg/40667407/003MA_Equestrian_Kouros.jpg

- Fala de Teseu, primeiro ato da Peça Kouro, de Nikos Kazantzakis.